Igreja de Nossa Senhora do Rosário
(Mambucaba, Angra dos Reis)
Com a construção da rodovia Rio-Santos, na década de setenta, a vila saiu do isolamento. Sendo redescoberta pelo movimento hippie, e anos depois pelos surfistas, o grande fluxo turístico aconteceu na década passada, mas só trouxe aborrecimentos à comunidade. "Atrás da igreja, já estacionaram cerca de vinte ônibus. As pessoas aglomeravam-se entre os veículos, ali elas trocavam de roupa, comiam, bebiam e dormiam. Quando iam embora a cena era lastimável, ficávamos com o trabalho de retirar todo o lixo. Como eles traziam sua própria comida, nosso comércio só tinha prejuízo", afirmou o senhor Evanir.
A associação conseguiu sensibilizar as autoridades municipais e esse ritmo alucinante de afluxo de turistas foi controlado. Não era só Mambucaba que sofria com esse tipo de turismo, outras praias também tinham problemas.
Atualmente, a vila está recebendo uma quantidade de turistas de acordo com sua capacidade, e a qualidade melhorou, tem uma estrutura razoável de pousadas, bares e restaurantes para atender bem os visitantes. Nos feriados prolongados alguns moradores alugam suas casas e muitas são de pessoas residentes em cidades do sul fluminense. As outras praias da região, como Vermelha, Brava e das Pedras, são lindíssimas e merecem ser visitadas, apesar de estarem dentro de condomínios particulares.
Uma das idéias dos comerciantes é montar um calendário de eventos, anual ou semestral. Quando da implantação do Projeto Orla, o turista terá muito mais conforto do que hoje.
Outro segmento que vem crescendo muito na região é o turismo ecológico e de aventuras. Além do surf, é possível praticar rafting e canoagem no rio Mambucaba, caminhar por trilhas antigas, tomar banhos em cachoeiras belíssimas e saltar de asa-delta sobre a mata atlântica, pousando nas areias da praia de Mambucaba. "Temos todas as condições favoráveis de vento; às vezes podemos permanecer por mais de três horas voando. A visão aérea é fantástica, poucos lugares possuem um conjunto paisagístico igual ao nosso", contou-nos o instrutor Claudinho, após a realização de um vôo duplo.
O Caminho de Mambucaba é a menina dos olhos do segmento do ecoturismo. Ele é parte do roteiro vendido por algumas operadoras como "Trilha do Ouro", partindo de São José do Barreiro até Mambucaba, num percurso de três dias. O trecho mais bonito deste passeio é justamente no último dia e está nos limites da vila.O caminho é uma antiga trilha dos tropeiros, calçada de pedras pelos escravos no século XIX. Caminha-se seguindo o rio Mambucaba, por dentro da mata atlântica e na área do Parque Nacional da Serra da Bocaina, cruzando rios e riachos, até chegar ao antigo local de descanso das tropas, às margens da Cachoeira do Veado. Esta cachoeira, segundo os caminhantes locais, deveria ser considerada o símbolo do parque.
Neste trecho o caminhante apreciará, também, as ruínas de construções antigas, como engenhos de açúcar, registros para cobrança de impostos, pontes e muros antigos para separação das sesmarias.
Segundo os pesquisadores locais, o Caminho de Mambucaba ligava o porto da vila à estrada da Cesarea, no interior paulista. Por ele desciam as tropas carregadas de café e subiam objetos importados da Europa, satisfazendo a opulência dos ricos fazendeiros da região paulista de Areias, São José do Barreiro e do sul de Minas Gerais, não esquecendo do comércio de escravos para as fazendas de café. O passeio é feito em dois dias, dormindo-se nas casas de moradores locais.
Outra atração interessante é a caminhada ao Pico do Frade, localizado a 1.585 metros de altitude. Caminha-se por uma trilha pelo sertão do Perequê até a base do pico. Assiste-se ao pôr-do-sol, no primeiro dia. Acampa-se na base e assiste-se ao nascer do sol, na manhã seguinte. Lá de cima tem-se uma visão privilegiada de toda a baía da Ilha Grande. Segundo os historiadores, o pico aparece em mapas antigos datados de 1502.
Américo Vespúcio, quando aqui chegou em janeiro de 1502, assim escreveu:"...pensava comigo estar perto do Paraíso Terrestre".
Mambucaba mistura passado e presente, basta-nos saber apreciar.
COMO CHEGAR:
De automóvel:
A Vila de Mambucaba está situada à margem do rodovia Rio-Santos, entre Angra dos Reis e Parati. Fica a 210 km do Rio de Janeiro, a 330 km de São Paulo e a 110 km de Barra Mansa.· De ônibus:Do Rio de Janeiro, a empresa Costa Verde tem vários horários para Parati; de São Paulo, a empresa Reunidas tem vários horários para Angra dos Reis; de Belo Horizonte, a empresa Útil tem um horário para Parati e, de Barra Mansa, a empresa Colitur tem vários horários para o Perequê.
(Mambucaba, Angra dos Reis)
Com a construção da rodovia Rio-Santos, na década de setenta, a vila saiu do isolamento. Sendo redescoberta pelo movimento hippie, e anos depois pelos surfistas, o grande fluxo turístico aconteceu na década passada, mas só trouxe aborrecimentos à comunidade. "Atrás da igreja, já estacionaram cerca de vinte ônibus. As pessoas aglomeravam-se entre os veículos, ali elas trocavam de roupa, comiam, bebiam e dormiam. Quando iam embora a cena era lastimável, ficávamos com o trabalho de retirar todo o lixo. Como eles traziam sua própria comida, nosso comércio só tinha prejuízo", afirmou o senhor Evanir.
A associação conseguiu sensibilizar as autoridades municipais e esse ritmo alucinante de afluxo de turistas foi controlado. Não era só Mambucaba que sofria com esse tipo de turismo, outras praias também tinham problemas.
Atualmente, a vila está recebendo uma quantidade de turistas de acordo com sua capacidade, e a qualidade melhorou, tem uma estrutura razoável de pousadas, bares e restaurantes para atender bem os visitantes. Nos feriados prolongados alguns moradores alugam suas casas e muitas são de pessoas residentes em cidades do sul fluminense. As outras praias da região, como Vermelha, Brava e das Pedras, são lindíssimas e merecem ser visitadas, apesar de estarem dentro de condomínios particulares.
Uma das idéias dos comerciantes é montar um calendário de eventos, anual ou semestral. Quando da implantação do Projeto Orla, o turista terá muito mais conforto do que hoje.
Outro segmento que vem crescendo muito na região é o turismo ecológico e de aventuras. Além do surf, é possível praticar rafting e canoagem no rio Mambucaba, caminhar por trilhas antigas, tomar banhos em cachoeiras belíssimas e saltar de asa-delta sobre a mata atlântica, pousando nas areias da praia de Mambucaba. "Temos todas as condições favoráveis de vento; às vezes podemos permanecer por mais de três horas voando. A visão aérea é fantástica, poucos lugares possuem um conjunto paisagístico igual ao nosso", contou-nos o instrutor Claudinho, após a realização de um vôo duplo.
O Caminho de Mambucaba é a menina dos olhos do segmento do ecoturismo. Ele é parte do roteiro vendido por algumas operadoras como "Trilha do Ouro", partindo de São José do Barreiro até Mambucaba, num percurso de três dias. O trecho mais bonito deste passeio é justamente no último dia e está nos limites da vila.O caminho é uma antiga trilha dos tropeiros, calçada de pedras pelos escravos no século XIX. Caminha-se seguindo o rio Mambucaba, por dentro da mata atlântica e na área do Parque Nacional da Serra da Bocaina, cruzando rios e riachos, até chegar ao antigo local de descanso das tropas, às margens da Cachoeira do Veado. Esta cachoeira, segundo os caminhantes locais, deveria ser considerada o símbolo do parque.
Neste trecho o caminhante apreciará, também, as ruínas de construções antigas, como engenhos de açúcar, registros para cobrança de impostos, pontes e muros antigos para separação das sesmarias.
Segundo os pesquisadores locais, o Caminho de Mambucaba ligava o porto da vila à estrada da Cesarea, no interior paulista. Por ele desciam as tropas carregadas de café e subiam objetos importados da Europa, satisfazendo a opulência dos ricos fazendeiros da região paulista de Areias, São José do Barreiro e do sul de Minas Gerais, não esquecendo do comércio de escravos para as fazendas de café. O passeio é feito em dois dias, dormindo-se nas casas de moradores locais.
Outra atração interessante é a caminhada ao Pico do Frade, localizado a 1.585 metros de altitude. Caminha-se por uma trilha pelo sertão do Perequê até a base do pico. Assiste-se ao pôr-do-sol, no primeiro dia. Acampa-se na base e assiste-se ao nascer do sol, na manhã seguinte. Lá de cima tem-se uma visão privilegiada de toda a baía da Ilha Grande. Segundo os historiadores, o pico aparece em mapas antigos datados de 1502.
Américo Vespúcio, quando aqui chegou em janeiro de 1502, assim escreveu:"...pensava comigo estar perto do Paraíso Terrestre".
Mambucaba mistura passado e presente, basta-nos saber apreciar.
COMO CHEGAR:
De automóvel:
A Vila de Mambucaba está situada à margem do rodovia Rio-Santos, entre Angra dos Reis e Parati. Fica a 210 km do Rio de Janeiro, a 330 km de São Paulo e a 110 km de Barra Mansa.· De ônibus:Do Rio de Janeiro, a empresa Costa Verde tem vários horários para Parati; de São Paulo, a empresa Reunidas tem vários horários para Angra dos Reis; de Belo Horizonte, a empresa Útil tem um horário para Parati e, de Barra Mansa, a empresa Colitur tem vários horários para o Perequê.
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